Conforme determinações e exigências da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) em suas normas NBR 5626 e NBR 7198 (Instalações Prediais de Água Fria e Água Quente respectivamente), nenhum ponto de consumo em Edifícios e/ou Residências podem receber mais do que 40 MCA (4 Kgf/Cm² = 400 KPA) de pressão máxima. Portanto, em Edificações cuja altura ou pressão manométrica ultrapasse o valor determinado pelas normas, é obrigatório utilização de um sistema que reduza a pressão das prumadas, ramais e sub-ramais de alimentação de água.

Sim, antes de se conhecer ou até mesmo existir o sistema de redução de pressão através de VRP’s, era muito comum á utilização do recurso de instalação de CAIXAS INTERMEDIÁRIAS. Este sistema, consiste na instalação/construção de uma Caixa D’Água em ponto intermediário da Edificação, que “zera” a pressão de alimentação e, a partir desse ponto passava-se a continuar o abastecimento para os pavtºs inferiores. Hoje esta prática não é mais utilizada pois, geralmente no pavtº onde se instala uma CAIXA INTERMEDIÁRIA, torna-se mais um ponto para limpeza da mesma, ruídos indesejados para os moradores, problemas com impermeabilização, custo elevado de construção/instalação e principalmente uma perda de espaço físico muitas vezes sacrificando o pavtº tipo com redução da área útil nas unidades habitacionais.

Sim, existem as Válvulas tipo Pistão que embora não incorporem em sua construção, Molas, Diafragmas e Parafusos de Regulagem, possuem o mesmo princípio de funcionamento porém por Diferenças de Área ou seja, a Área menor do Pistão recebe a pressão alta de Montante (Entrada) e a Área maior do Pistão recebe a pressão baixa de Jusante (Saída). Quando acontece o consumo em algum ponto da rede, ocorre um desequilíbrio de forças (fórmula PASCAL F=P.A) onde F é o resultado da força obtida entre P (Pressão) x A (Área), ocasionado á abertura entre obturador x assento, com o estrangulamento necessário da área de passagem para o escoamento do fluído com a pressão reduzida, esse tipo de válvula não permite regulagens por parte do operador/instalador e para sua manutenção existe a necessidade da sua retirada da instalação que normalmente, encarece o custo do serviço.

A este efeito, denominamos PERDA DE CARGA. Ocorre que como a passagem do fluído nas VRP de Ação Direta (obturador x assento), para provocar a redução de pressão, é fixa e limitada, ao ocorrer o aumento do consumo pela demanda à Jusante (Saída), acontece ao mesmo tempo um acréscimo localizado da velocidade do fluído com conseqüente aumento de atrito,  ocasionando também o aumento da PERDA DE CARGA e do nível de ruído. Inúmeras são as obras que, quando totalmente habitadas ou em Picos de Consumo, ficam com alguns pavimentos servidos pelo sistema totalmente desabastecidos ou com oscilações entre água fria e quente causando desconforto aos usuários.

Normalmente, quando acontece esse tipo de desabastecimento, forma-se um vácuo dentro da tubulação e, voltando ao normal, a VRP de Ação Direta ao fechar-se automaticamente, provoca GOLPES DE ARÍETE ocasionando rompimentos dos engates de lavatórios, rompimentos de tubulações/conexões (principalmente PVC), danos em eletrodomésticos como por exemplo Máquinas de Lavar Roupas e/ou Louças etc.

Alimentação na Ascendente, o próprio termo já diz, se dá de Baixo para Cima ou seja por exemplo, a Instalação da Estação Redutora no 1º Sub-Solo abastecendo até o 10º Pavtº Tipo. Quanto a pressão de regulagem adequada,  a norma ABNT NBR 5626 e NBR 7198 (Instalações Prediais de Água Fria e Água Quente) limita como pressão máxima nos pontos de consumo, o valor de 40 MCA ( 4,0 Kgf/Cm² = 400 KPA). Os Engº Projetistas de uma maneira geral, tem determinado como pressão de conforto no último pavtº abastecido pelo sistema uma pressão estática de 12 MCA  então, considerando-se que teremos uma torneira no pavtº Térreo, esta não poderá receber mais do que o máximo determinado pelas normas da ABNT. A título de Exemplo, vamos considerar uma altura de Pé Direito de 3,0 m obtendo-se até o 10º pavtº tipo 33 MCA, a este valor vamos acrescentar a pressão de conforto no 10º pavtº tipo (+ 12MCA) obtemos então o valor de 45 MCA porém, voltando aos cálculos e considerando a limitação das normas da ABNT, estaremos encontrando no pavtº Térreo (-3 MCA) uma pressão de 42 MCA o que infringe as normas técnicas vigentes. Com isso, temos duas opções a seguir:
A)Regular a VRP em 42 MCA baixando a pressão de conforto no 10º Pavtº Tipo para 10 MCA;
B)Regular e manter o valor calculado de 45 MCA e, Instalar uma Estação Redutora de Ø menor de acordo com a vazão calculada no projeto para servir exclusivamente o pavtº Térreo.
A decisão dependerá dos valores envolvidos e do custo benefício entre uma ou outra opção. Porém, é nessa ora que os Engº Projetistas são induzidos ao erro e, acontecem os desabastecimentos nos últimos pvtºs tipo servidos pelo sistema ou seja, em nossos cálculos acima, desprezamos completamente o valor da PERDA DE CARGA provocada pelo tipo de VRP escolhida conforme a vazão máxima provável calculada no projeto. Este valor, uma vez informado pelos fabricantes, também deverá ser acrescido aos cálculos para se obter a pressão de regulagem mais adequada, e nos casos de VRP de Ação Direta, são valores altíssimos chegando muitas vezes a prejudicar não somente o pavtº Térreo como também 1º, 2º, 3º e 4º pavtº tipo, fazendo com que se opte por abastecer somente até o 6º ou 7º pavtº tipo  e, utilizar-se de instalação de mais uma Estação Redutora para abastecer os pavtº superiores.

A Alimentação na Descendente, o próprio termo já diz, se dá de Cima para Baixo, por exemplo, as instalações em Meio de Edifício. Quanto á pressão de regulagem adequada para este caso, deve-se seguir os mesmos 12 MCA de pressão estática de conforto no 1º pavtº a ser abastecido pelo sistema porém, agora com os cálculos em ordem inversa obedecendo os mesmos limites de pressão máxima da ABNT e considerando-se os mesmos critérios de valores descritos para Alimentação na Ascendente.

A Alimentação na Descendente, o próprio termo já diz, se dá de Cima para Baixo, porém a partir do pavtº tipo que ultrapasse o valor máximo de pressão determinado pelas normas ABNT, instala-se uma VRP geralmente no Ø 1” para cada unidade habitacional tanto na AF como na AQ e, o ajuste da pressão de saída em no máximo 30 MCA.

Em primeiro lugar, tenha o projeto original em mãos, caso contrário, faça os cálculos tomando por base um Pé Direito de 3 m e partindo do ponto onde se encontra instalada a Estação Redutora certifique-se até onde o sistema abastece e finalize seus cálculos. Uma vez feito isso, verifique a pressão de Jusante (saída) através do manômetro que deve estar instalado no sistema, se este estiver funcionando perfeitamente e acusando uma pressão que permita um ajuste para mais, OK, calcule o valor máximo permitido pelas normas da ABNT e proceda o ajuste. Caso o limite tenha que ser excedido, NÃO O FAÇA pois, a responsabilidade por danos causados ao sistema como um todo ou internamente nas unidades habitacionais, será exclusivamente sua.

Certamente, as VRP’s não estão funcionando ou seja, não estão reduzindo a pressão embora estejam aparentemente reguladas. Isso pode ocorrer por FALTA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA e/ou CORRETIVA, em primeiro lugar, devesse isolar uma VRP de cada vez (no caso de Cavalete Duplo) para se descobrir com qual das VRP’s está ocorrendo o problema pois, é pouco provável que as duas estejam apresentando necessidade de reparo ao mesmo tempo, proceder a manutenção necessária, regula-la novamente em circuito fechado e feito isso, libera-la para o abastecimento novamente. Em caso de VRP instalada solitariamente com instalação de By-Pass (desvio), é só proceder o devido conserto e coloca-la para funcionar evitando-se sempre que possível o acionamento do registro de By-Pass pois este não reduz a pressão, e o excesso da mesma pode provocar danos sérios ao sistema e acessórios instalados dentro das unidades habitacionais.

Isso depende de vários fatores tais como, Fluído, Ambiente, Temperatura, Dureza da água, PH etc. Existem ocasiões e fluídos que obrigatoriamente, deveremos optar pelos Aços Inoxidáveis outros em que o Bronze se comporta de forma bastante satisfatória mas, em se tratando de água potável, tanto ás Empresas de Saneamento bem como em instalações Prediais o material mais comum utilizado é o Ferro Fundido que aceita vários tipos de revestimentos/pinturas internos e externos que, além de proporcionarem uma vida útil mais longa ao equipamento, são atóxicos e utilizados mundialmente como por exemplo a Pintura Eletrostática a Pó em Epóxi.

De forma geral, em Indústrias ou Empresas de Saneamento essas manutenções são efetuadas periodicamente de acordo com o cronograma dos respectivos departamentos de manutenções porém, em Instalações Prediais a norma ABNT recomenda verificações mensais (visualmente através dos manômetros instalados) e ANUALMENTE, uma MANUTENÇÃO PREVENTIVA. Seguindo-se esse procedimento, a vida útil do equipamento será mais longa e com custos muito menores do que em uma MANUTENÇÃO CORRETIVA.

Alguns critérios importantes devem ser obrigatoriamente observados a saber:
1.Reservar espaço físico suficiente (20 cm) ao redor dos equipamentos para que sejam permitidas Manutenções Futuras e boa visibilidade dos Manômetros de Leitura a qualquer tempo;
2.Prever a instalação em locais de fácil acesso mesmo que protegidos por armários com chaves, porém nunca ocultando-os de forma a dificultar quaisquer trabalhos de técnicos;
3.Evitar queda de reboco/caliças nos equipamentos do sistema (Protege-los ao máximo durante a execução da obra);
4.Nunca aceitar e/ou projetar, Estações Redutoras dentro de unidades habitacionais;
5.Após entrega da obra, orientar aos responsáveis sobre a necessidade de dificultar o acesso por pessoas não autorizadas, alertando sobre a necessidade das Manutenções Preventivas Anuais, bem como providenciar os devidos reparos caso observem quaisquer irregularidades no sistema.

É mais do que sabido por Engº Projetistas, Instaladores e Encanadores que os Registros de Gaveta NÃO SÃO 100% ESTANQUES e, ao se utilizar de registros para o By-Pass em Estação Redutora de Pressão, existe a necessidade de que este, seja totalmente estanque para que não haja equalização entre pressão de entrada e saída o que interferirá na regulagem da VRP. Outra função básica do Registro GLOBO no By-Pass é de que se tiver que ser aberto para manobra afim de não deixar o Condomínio sem abastecimento enquanto ocorrem manutenções no sistema, sua abertura deverá ser gradual o que provocará com o fluído em Dinâmica, uma PERDA DE CARGA controlada manualmente para que não ocorra excessos de pressão na rede porém, esse artifício só servirá para o circuito em Dinâmica, pois em Estática não terá a mesma função da VRP deixando passar toda pressão da coluna. Portanto, sua utilização deverá ser evitada ao máximo. (Registros de Gaveta ou Esfera não servem para regulagens).

A norma ABNT NBR 7198 proíbe terminantemente a instalação de By-Pass (Desvio) em instalações onde as Válvulas Redutoras abastecem Água Quente e/ou para Alimentação de Aquecedores, orientando que no lugar do By-Pass deverá ser instalada mais uma VRP que servirá de reserva em caso de manutenções. Já a NBR 5626 é omissa quanto a esta exigência, porém é adotada a orientação da NBR 7198 pela grande maioria dos Engº Projetistas. Entretanto, por experiência de campo, sugerimos que as 2 (duas) VRP’s trabalhem alternadamente a cada 30 dias pois, dessa forma o equipamento não fica sujeito á não funcionar quando necessário, ocasionando também maior vida útil das mesmas por dividirem a função.

NÃO, para uma correta especificação do equipamento deve-se ter em mãos o projeto onde constem as condições de trabalho que deverão conter basicamente:

1. Pressão Máxima de Entrada Estática;
2. Pressão Máxima de Saída Estática;
3. Temperatura da Água;
4. Vazão Máxima Provável de Consumo;
5. PERDA DE CARGA MÁXIMA EM DINÂMICA;
6. Altura ou Desnível Manométrico(a) a ser Abastecido(a).

De posse destes dados, dificilmente ocorrerão problemas com o Abastecimento de Água em um Edifício e/ou com o equipamento instalado desde que as informações de PERDA DE CARGA MÁXIMA EM DINÂMICA fornecidas pelo fabricante sejam reais.

Existem dois tipos de Válvulas Redutoras de Pressão normalmente encontradas no mercado mundial a saber:

1. Válvulas Redutoras de Pressão de AÇÃO DIRETA;
2. Válvulas de Controle Redutoras de Pressão Operadas Hidraulicamente por Piloto Externo.

Atualmente, se sabe que as VRP’s de AÇÃO DIRETA por provocarem uma excessiva e exagerada PERDA DE CARGA, devem ser utilizadas quando o abastecimento é individual ou seja instaladas para abastecerem somente uma unidade habitacional porém, alguns Engº Projetistas até por falta de conhecimento ainda especificam as mesmas para o abastecimento COLETIVO que são maioria nos Projetos Hidro-Sanitários. Entretanto, hoje é extremamente conhecida e correta, a opção por Válvulas de Controle Redutoras de Pressão Operadas Hidraulicamente por Piloto Externo pelo fato de serem, válvulas de ALTA VAZÃO e BAIXA PERDA DE CARGA o que garante um maior conforto aos usuários finais com o benefício estendido para uma maior durabilidade das tubulações, aparelhos e acessórios com significativa redução do consumo de água.